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Volvo deve aderir ao PPE

linha de montagem volvo fh
A montadora de caminhões prevê queda em torno de 50% nas vendas em 2015, em linha com o restante do mercado de caminhões. A empresa trabalha, atualmente, em apenas um turno. A oferta da linha de financiamento do BNDES deve dar um alento ao mercado nacional de caminhões.
A Volvo avalia a possibilidade de aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) para enxugar o excesso de mão de obra. Atualmente, a montadora trabalha em apenas um turno para adequar sua produção à demanda.
A Volvo prevê queda em torno de 50% nas vendas em 2015, em linha com o restante do mercado de caminhões. “Vamos acompanhar o desempenho do setor”, afirmou o diretor de caminhões da Volvo, Bernardo Fedalto, ontem durante a Fenatran, considerado o maior salão de transporte de carga da América Latina.
A expectativa de vendas da montadora já contempla a linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para bens de capital, o Finame PSI.
Durante a abertura da feira, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, anunciou que o governo federal voltará a oferecer o financiamento nas condições vigentes até 23 de outubro. O encerramento do prazo para fazer o pedido do crédito foi antecipado, o que pegou o setor de surpresa.
“Explicamos o problema ao governo, que entendeu a situação e voltou atrás”, disse Moan.O dirigente destacou que a decisão deve trazer algum alento ao setor. “Imaginávamos uma queda ainda maior com o corte do PSI”, afirmou.
Para o diretor da Volvo, o retorno do PSI dá previsibilidade ao setor. “Os clientes conseguem se programar”, avalia Fedalto. Os clientes que fizerem o pedido do Finame PSI até o fim de novembro terão taxas fixas, que variam de 6,5% a 11%, de acordo com o porte da empresa e o bem adquirido. Mas as alíquotas já chegaram a ser “negativas”, de 2,5%, abaixo da inflação.
“Temos que nos acostumar com o fato de que esses patamares não vão voltar”, comentou Fedalto. Para o ano que vem, o executivo espera alíquotas do PSI de acordo com a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), indexada a Selic.
Luiz Moan ressaltou que, com a questão do PSI resolvida, agora o setor pode começar a negociar as condições e volume de crédito para o próximo ano. “Devemos iniciar as negociações para 2016 nas próximas semanas”.
Custos x preços
Para Fedalto, o aumento de custos tem se mostrado significativo. “Tivemos um incremento total de custos em 15% neste ano”, disse. Com isso, a montadora já aplicou um aumento de 8% e programa reajustes trimestrais a partir de abril do ano que vem.
A DAF Caminhões também deve aplicar aumento de preços entre 8% e 10% a partir de janeiro de 2016.
“Tudo depende também do comportamento da economia”, destacou o presidente da montadora, Michael Kuester.
Há dois anos montando caminhões no Brasil, a empresa holandesa projeta dobrar as vendas em 2015, para 450 unidades. “Para 2016, projetamos market share de 5%”, revelou. Em números, essa projeção equivale a mil unidades no disputado segmento de caminhões pesados.
A unidade fabril da DAF, em Ponta Grossa, no Paraná, demandou investimentos da ordem de US$ 320 milhões. Além disso, nesta semana a montadora anunciou aporte adicional de R$ 60 milhões para a produção de motores.
“Atacamos dois aspectos com esse investimento: uma menor dependência do câmbio e atender às exigências de conteúdo local para o Finame PSI”, explicou ele.
Fonte: DCI
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