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Scania lança caminhão para 37 toneladas





A Scania apresentou nesta quarta-feira (29/7) uma nova versão do modelo R440, que agora tem a opção de sair da fábrica com tração 8x2, com capacidade para transportar 37 toneladas. Entre as novidades do veículo é o cavalo mecânico de dois eixos direcionais, que facilita manobras tanto na estrada como nas operações de carga e descarga. O caminhão promete redução nas despesas, pois usa dois pneus a menos em relação ao modelo usado para carretas bitrem, que normalmente rodam com tração 6x4. Além disso, oferece função de suspender o eixo traseiro do cavalo, adequado para quando o veículo estiver vazio, evitando pagamento de pedágio extra.
O modelo foi construído com a ajuda do G-10, um dos maiores transportadores do país, com sede em Maringá (PR), que desde 2011 vinha adaptando um quarto eixo em parte de sua frota na tentativa de reduzir os custos e ganhar produtividade. “Gastamos entre R$ 30 mil e R$ 40 mil em média com essa adaptação. Ao todo, foram 200 veículos de um total de 1.600”, revela Valdecir Adamucho, sócio-proprietário do G-10.

A situação econômica do país e a recente desvalorização nos preços médios dos fretes rodoviários tendem a limitar a demanda por caminhões novos, afirma o transportador. A Scania também vê o momento com cautela. “Diante do momento atual (recessão econômica), é difícil fazer previsão de vendas agora, mas já começamos a vender algumas unidades para o setor de grãos e clientes de outros segmentos também estão vendo vantagem no modelo”, afirma Victor Carvalho, diretor de vendas da Scania. Segundo ele, o veículo se enquadra em todas as linhas de financiamento do Finame atuais.A Scania aposta num nicho de mercado que fica entre a composição conhecida como “Vanderléia”, com tração 6x2 e carreta de três eixos espaçados, e o bitrem, com tração 6x4 com duas carretas de dois eixos. Como o cavalo do novo R440 é capaz de suportar maior peso, consegue puxar uma única grande carreta, o que dá flexibilidade ao perfil das cargas. Os bitrens tem a limitação de transportar cargas não-divisíveis, como pallets. “Com grãos em eixos distanciados, não é possível entrar em tombadores, que são comuns em terminais portuários e ferroviários”, comenta Adamucho.
atraso na colheita da safra e na comercialização de grãos e insumos freou a demanda por transporte no primeiro semestre do ano, conforme Adamucho. Com a entrada de uma segunda “supersafrinha” de inverno, vendas de açúcar e importação de fertilizantes a serem usados no plantio do próximo verão, o executivo espera que o segundo semestre seja mais movimentado. “Está difícil manter o fluxo de caixa. O transporte de industrializados tem amenizado a situação. A fase é de rentabilidade zero”, define.

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