Quatro caminhoneiros foram presos e tiveram os veículos apreendidos
nesta segunda-feira (10) no Litoral Norte de Santa Catarina por crime
ambiental. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e representantes do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) fizeram uma fiscalização de caminhões e ônibus na BR-101 em
Itapema. O objetivo era checar se os motoristas de veículos a diesel
estão usando corretamente um aditivo obrigatório que diminui a poluição.
(VEJA VÍDEO)
O Arla 32, obrigatório desde 2012, é importante porque transforma o
diesel em nitrogênio e vapor de água, que não poluem o meio ambiente.
Para funcionar corretamente, o aditivo deve ser composto por água
desmineralizada e ureia a 32%.
Quando o aditivo não é utilizado, o diesel se transforma em óxido de
nitrogênio, um composto altamente tóxico. Com um equipamento, a polícia
consegue mede a concentração exata do produto.
O problema, para os motoristas, é o preço do aditivo. “Numa viagem de
Porto Alegre a Belo Horizonte, encarece R$ 1 mil a mais”, diz o
caminhoneiro Edson Laureano.
Segundo a PRF, alguns donos de veículos adulteram o sistema para
diminuir os custos. “Há um aparelho que faz com que o sistema do
caminhão entenda que há o líquido no tanque específico, sendo que não
há”, explica Badaró Ferrari, um dos representantes do Ibama que
estiveram na blitz.
“Teria que vigiar mais na origem, e não no caminhoneiro, na estrada.
Tem que vigiar no próprio sistema de bomba”, disse o caminhoneiro Hélio
Tomas, que foi multado.
Entre 12% e 15% dos veículos fiscalizados nesta segunda apresentaram
alguma irregularidade em relação ao diesel. Veículos de grande porte
movidos a diesel representam menos de 10% da frota no Brasil, mas são os
maiores responsáveis pela poluição do ar.
Fonte: RBS TV
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